A partir de 11 de fevereiro de 2016, a Delta deixará de voar entre Atlanta (ATL) e Dubai (DBX). O anúncio é emitido no momento em que há excesso de capacidade na rota entre os Estados Unidos e o Oriente Médio, operada por companhias aéreas estatais que são fortemente subsidiadas. Faz menos de um mês que a Delta reduziu seu serviço entre o aeroporto mais movimentado do mundo e o maior centro de voos do Oriente Médio.

A aeronave 777, que é usada para operar o voo entre ATL-DXB, será utilizada em outros mercados transatlânticos, onde possa competir em condições de igualdade em mercados que não são distorcidos por companhias aéreas estatais.

Entre 2008 e 2014, foram adicionados cerca de 11 mil assentos por dia entre os EUA e Dubai, Doha e Abu Dhabi – mais de 95% dos quais são transportados pelas companhias aéreas do Golfo: Emirates, Qatar e Etihad. Dos 14 voos diários entre os EUA e Dubai, apenas dois são operados por companhias aéreas norte-americanas. Apesar do aumento de passageiros que viajam nesses voos, o número de voos que originam-se ou tem como destino o Golfo, manteve-se essencialmente inalterado.

A Delta, juntamente com a American e a United, por meio da Aliança para Céus Abertos e Justos, pediram ao governo dos EUA para iniciar consultas com o Qatar e os Emirados Árabes Unidos para abordar a questão dos US$ 42 bilhões em subsídios do governo concedidos a empresas no Golfo, que violam os acordos de céus abertos entre os EUA e estas nações. Em agosto, a Aliança apresentou um documento de quase 400 páginas onde o governo dos EUA delineia claramente o dano que as empresas do Golfo que recebem subsídios do governo estão fazendo para as companhias aéreas norte-americanas. O pedido de consultas tem grande apoio das autoridades do governo, prefeitos, líderes comunitários e funcionários de empresas aéreas.

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