A luta para acabar com os grandes subsídios das companhias aéreas do Golfo e estabelecer acordos Open Skies com o Qatar e os Emirados Árabes Unidos alcançou dois marcos importantes nesta semana, com ações do Congresso e de funcionários da Delta atingindo níveis impressionantes.
A Partnership for Open & Fair Skies (parceria de companhias aéreas e órgãos dos Estados Unidos) anunciou hoje que 300 membros do Congresso enviaram cartas pedindo que o governo dos Estados Unidos coloque um fim nas violações comerciais das companhias aéreas do Golfo. A carta mais recente desta semana da delegação do Colorado pede uma solução à administração de Trump para o problema, que envolve mais de US$ 50 bilhões em subsídios desleais que os Emirados Árabes Unidos e o Qatar forneceram às suas companhias aéreas estatais.
Além disso, 30 mil funcionários da Delta entraram, nesta semana, na campanha da empresa contra as companhias aéreas do Golfo, fazendo ligações, posts no Twitter e enviando e-mails para a Casa Branca e membros do Congresso para que sejam ouvidos.
“Graças às ações dos milhares de funcionários da Delta, mais de 300 membros do Congresso falaram e pediram que o governo dos Estados Unidos faça acordos para proteger os empregos das companhias aéreas dos Estados Unidos”, disse Peter Carter, vice-presidente executivo e diretor jurídico da Delta. “Devemos estabelecer nossos acordos Open Skies com os Emirados Árabes Unidos e o Qatar e colocar um fim nos bilhões de dólares que eles recebem em subsídios maciços de seus governos.”
A campanha da Delta, “Our Future. Our Fight” (Nosso Futuro, Nossa Luta), teve início em março, incentivando os funcionários da Delta a agir por conta própria. Muitos deles até viajaram para Washington para participar de um dos eventos de apresentação da Delta, onde explicaram como a questão os afeta pessoalmente com os funcionários do governo. Outro evento desses está previsto para a próxima semana.
Em julho, a companhia aérea lançou um documentário que detalha como bilhões de dólares em subsídios desleais dos governos permitem que as companhias aéreas do Golfo ofereçam tarifas artificialmente baixas e expansão agressiva em novos mercados sem considerarem lucro ou demanda. O vídeo explica como as companhias aéreas globais, incluindo a Delta, tiveram que reduzir seu número de rotas, resultando em corte de 1.500 empregos por cada rota internacional eliminada.
Carter acrescentou: “Este jogo e o sistema ameaçam os empregos dos nossos funcionários. Estou otimista de que nosso apoio abrangente e bipartidário sobre essa questão finalmente estimule nosso governo a agir.”
A Delta não é a única companhia aérea global baseada nos Estados Unidos que pede que o governo americano tome medidas. Na quinta-feira, durante a apresentação de lucros da American Airlines, o presidente e CEO, Doug Parker, criticou os subsídios ilegais que as companhias aéreas do Oriente Médio recebem, violando os acordos Open Skies dos Estados Unidos, referindo-se a elas como a maior ameaça para a estratégia de longo prazo dos Estados Unidos e para os empregos no setor da aviação dos Estados Unidos.