Na terça-feira, 2 de junho, os MD-88 e MD-90 da Delta farão os últimos voos programados antes de seguir para Blytheville, Arkansas, para sua merecida aposentadoria. Por mais de três décadas, no caso dos MD-88, essas aeronaves foram a força motriz para as operações da rede doméstica. Eles também desempenharam papel importante durante alguns dos momentos desafiadores da Delta, bem como nos períodos de sucesso da companhia.

Mesmo agora, a aposentadoria dos MD-88 e MD-90 marca um momento especial para a Delta, pois a companhia procura evoluir para uma empresa mais forte, melhor e mais ágil em meio à pandemia da COVID-19.

O último voo de um MD-90 – que adequadamente tem o número DL90 – chegará a Atlanta, vindo de Houston, aproximadamente às 9 horas. Por sua vez, o voo final do MD-88, o DL88, chegará de Washington-Dulles às 10 horas.

A Delta é a última companhia aérea de passageiros dos Estados Unidos a operar essas aeronaves, cuja história nunca será esquecida. No nosso auge, a Delta contou com 185 jatos “Mad Dog” em sua frota, que realizavam cerca de 900 voos diários. Continue lendo para ter um resumo sobre ambos os aviões, que transportaram milhões de clientes da empresa durante sua vida útil.

Curiosidades sobre o MD-88

McDonnell Douglas MD-88
  • A Delta fez seu pedido inicial de 30 MD-88, frequentemente chamados de "Mad Dogs", em janeiro de 1986, com opção de adquirir mais 50. Oito aviões foram entregues no modelo MD-82, o precursor do MD-88 e posteriormente modificado pela companhia para ter a cabine de voo mais avançada da configuração MD-88.
  • O primeiro MD-88 entrou na frota da Delta em janeiro de 1988, servindo Austin, Birmingham, Cincinnati, Jackson, Dallas/Ft. Worth, Houston, Oklahoma City, Little Rock, Shreveport e a capital norte-americana, Washington. O último MD-88 foi entregue à companhia em dezembro de 1993.
  • Desenvolvido a partir do Douglas DC-9 original, o MD-88 de 149 lugares tinha o dobro da capacidade de passageiros da primeira versão, além de motores e aviônicos modernizados. O “cockpit de vidro” atualizado da aeronave continha telas digitais alimentadas por tubos de raios catódicos, um avanço em sua época. O modelo também apresentou melhorias aerodinâmicas em relação ao MD-82 anterior, incluindo uma cauda em cone reprojetada.
  • A aeronave também tinha um corredor com 55 centímetros de largura na cabine de passageiros e corrimãos ao longo da borda dos compartimentos superiores de bagagem para oferecer conforto e segurança adicionais para clientes e equipes que se deslocam pela cabine.
  • Em fevereiro deste ano, antes da redução da frota desencadeada pelo coronavírus, havia 47 MD-88s em operação.
  • O MD-88 serviu várias missões especiais durante seu período na Delta. Em 2019, quando os furacões devastaram partes das Bahamas, o avião foi usado para ajuda humanitária, levando suprimentos e retirando moradores das ilhas, como contou a tripulação de voo nesta entrevista à NPR.

Curiosidades sobre o MD-90

 

McDonnell Douglas MD-90
  • A Delta foi o primeiro cliente do MD-90 de 158 lugares, que entrou em serviço comercial em abril de 1995, na rota entre Dallas e Reno. Algumas das primeiras cidades programadas para o serviço com o MD-90 incluíram Dallas/Fort Worth, Atlanta, Nashville, Newark, Reno e Jackson.
  • Como sucessor do MD-88, o MD-90 melhorou o desempenho de custos da Delta, economizando combustível e transportando cargas maiores, além de minimizar o impacto ambiental com menos ruído e emissões reduzidas. A aeronave ofereceu à Delta flexibilidade para fornecer serviços de passageiros e de carga em uma ampla variedade de ambientes operacionais, uma vez que teve um desempenho muito bom em aeroportos em lugares quentes ou de alta altitude, possibilitando à companhia direcionar o jato para operações em toda a América do Norte, tanto em voos de curta distância como em rotas mais longas.
  • A Delta comprou inicialmente o MD-90 para substituir o Boeing 727, mas quando a McDonnell Douglas foi comprada pela Boeing, em 1997, a companhia cancelou o restante dos MD-90 e começou a adquirir o Boeing 737-800. Após seu processo de recuperação judicial, a Delta expandiu a frota de MD-90 entre 2009 e 2013, quando comprou e recondicionou 49 ​​MD-90 usados. A adição dessas aeronaves ajudou a empresa a se fortalecer.
  • Em fevereiro deste ano, antes da redução da frota desencadeada pelo, havia 29 MD-90 em operação.
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