Na segunda-feira, 22 de junho, o CEO da Delta, Ed Bastian, debateu a redefinição dos “negócios de sempre” em tempos de múltiplas crises em um painel da conferência virtual Summer Series (Séries de Verão*), realizado pelo Milken Institute.

Ed participou com a presidente do conselho editorial e editora-chefe do Financial Times nos Estados Unidos, Gillian Tett; a presidente da Universidade da Califórnia, Janet Napolitano; e o presidente e CEO do Wasserman Media Group, Casey Wasserman.

Esses líderes, juntamente com o restante do país, estão enfrentando duas crises – o impacto econômico e de saúde da pandemia da COVID-19 e o crescente ultraje pela desigualdade racial e injustiça social. No painel, que durou uma hora, o grupo falou como está liderando suas organizações nesses tempos sem precedentes.

 

Ed sobre resiliência e um futuro mais duradouro

“Isto nos dará uma nova visão sobre a resiliência. Resiliência da saúde dos nossos funcionários e da forma como cuidamos melhor da segurança. Não apenas do voo físico e da segurança, mas verdadeiramente a saúde e o bem-estar do nosso pessoal e dos nossos clientes.

Um dos desafios reais que o setor de aviação dos Estados Unidos tem é oferecer muita infraestrutura com pouco investimento. E vamos dedicar tempo para acelerar o futuro e progredir.

Nosso modelo de negócios será construído com uma qualidade mais alta e, como resultado, será mais resiliente e duradouro no futuro.”

 

Ed sobre o compromisso da Delta de investir US$ 1 bilhão na próxima década em meio ambiente e sustentabilidade

“Ironicamente, no Dia dos Namorados (nos Estados Unidos, celebrado em 14 de fevereiro*), anunciamos que estávamos comprometidos em compensar e eliminar todo o carbono que gerássemos daqui para frente. Primeiro, através da compra de ativos e, depois, com investimento em assuntos como sustentabilidade. Você verá um compromisso de US$ 1 bilhão na próxima década em direção a esse objetivo.

Acho que isso leva de volta a uma palavra que usei anteriormente – resiliência. A capacidade de recuperação de nosso meio ambiente é tão importante quanto a resiliência de nossa saúde, a resiliência de nossas planilhas de balanços e a resiliência de nosso futuro, e não vamos recuar. Na realidade, esta é outra oportunidade para impulsionar nosso futuro.”

 

Ed sobre o clamor pela injustiça racial: “Esse sentimento não vai embora”

“Desta vez realmente parece diferente. O impacto que todos nós tivemos, a combinação das duas crises que se cruzam e interagem entre si, fez com que o clamor atingisse o nível a que chegou. Chama a atenção das pessoas.

Como líderes corporativos, queremos consertar as coisas; nós queremos ouvir e reter esse clamor. Esse sentimento não vai embora.

O racismo sistêmico existe, e precisamos entendê-lo. Portanto, uma das ações mais importantes que todos podemos tomar, e em nossa companhia estamos tomando, é compreender o que isso significa, como é e como estou inconscientemente desculpando e permitindo que o racismo sistêmico entre em minha própria empresa, o que considero repugnante, e o que estou comprometido a fazer em relação a isso.

Então, acho que esse será um tempo de reflexão, de entendimento e, principalmente, um tempo de ação para fazer as mudanças necessárias para realmente avançar.”

A conferência de 22 de junho faz parte da série de podcasts de verão do Milken Institute, uma série digital especial criada para conectar e ativar uma comunidade de partes interessadas nos níveis mais altos. A entrevista completa poderá ser vista aqui, quando disponível.

*Notas do editor.

 

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