Mapeando o céu: como a Delta escolhe para onde voar
Dois integrantes da equipe de Planejamento de Rede da Delta oferecem um panorama interno de algumas das decisões que definem onde e quando os clientes podem voar.
Por que a Delta voa para algumas cidades e não para outras? Quem está tomando a decisão de introduzir um novo voo para a Itália? Por trás de cada rota na rede da Delta há uma complexa trama de planejamento e dados, tudo cuidadosamente orquestrado pela equipe de Planejamento de Rede da companhia aérea.
Entender por que a Delta voa em determinadas rotas não envolve apenas geografia, mas criar conexões perfeitas e caminhos essenciais que mantêm as viagens globais funcionando sem problemas.
Duas pessoas da equipe de Planejamento de Rede da Delta, Jooyoung Kim e David Hart, respondem às perguntas que você sempre teve sobre a rede da Delta e se aprofundam nas decisões que definem onde e quando você pode voar.
O PROCESSO
Ao adicionar novas rotas ao portfólio da Delta, a abordagem varia de acordo com o mercado, mas o processo de planejamento pode durar de um a cinco anos.
“Temos de nos manter bastante ágeis, mas nenhum dos nossos novos mercados está surgindo no meio do nada”, disse Jooyoung Kim, diretora de Planejamento de Rede Internacional. “Estamos sempre monitorando as tendências".
Para as rotas do verão (do Hemisfério Norte*) de 2025, por exemplo, o planejamento pode ter começado no inverno (do Hemisfério Norte*) de 2023, com a primeira metade do ano dedicada ao brainstorming e à redução entre as opções disponíveis. O que se segue é um processo de multigerenciamento, com reuniões com equipes como a liderança intercomercial e o vice-presidente sênior de Planejamento de Rede, Joe Esposito, para analisar alguns dos fatores que impulsionam a introdução de novas rotas: demanda de clientes no curto prazo, desempenho financeiro da Delta, alocação de recursos como aeronaves e pessoal, posicionamento competitivo e o valor estratégico da rota.
Então, como o comportamento de viagem de um cliente entra em jogo? Em resumo, as tendências dos clientes informam à Delta para onde as pessoas querem voar, com que frequência, quando querem voar, onde querem se sentar em um avião, se querem voar sem escalas e muito mais. Todos esses dados desempenham um papel crucial na formação de decisões importantes.
“Como nossos clientes valorizam mais as experiências agora do que antes da pandemia, estamos observando um aumento na demanda por destinos de lazer badalados no inverno, então não faz sentido manter a mesma área de cobertura durante todo o ano”, disse o diretor geral de Planejamento de Rede Doméstica, David Hart. “Também estamos procurando voar em faixas de horários diferentes, porque estamos vendo que os horários de voos mais cedo costumavam ser os mais populares, mas agora mais pessoas estão viajando no final da manhã”.
Depois que a equipe de Planejamento de Rede coleta esses dados dos clientes, eles podem ser cruzados com os recursos da companhia. Com um tamanho de frota e recursos de tripulação fixos a cada mês, essa equipe precisa encontrar mercados que ofereçam uma demanda estável de clientes, permitindo que a Delta utilize seus recursos da melhor maneira possível durante todo o ano.
Com as viagens atingindo seu pico no verão (do Hemisfério Norte*), é importante que o time de Planejamento de Rede identifique destinos populares quando é inverno (no Hemisfério Norte*) para manter essa demanda. Assim, tudo se resume a encontrar o contraste certo de oportunidades. É por isso que a Delta fará sua maior programação de inverno (do Hemisfério Norte*) para a América Latina partindo de Minneapolis-St. Paul (MSP) no final deste ano.
Além disso, o mercado europeu não é historicamente tão popular fora da época de verão por lá, mas a equipe de Planejamento de Rede internacional conseguiu reconhecer que os clientes estavam começando a distribuir suas viagens ao longo do ano para determinados destinos.
“Na Itália, o auge do verão (do Hemisfério Norte*) pode ser muito quente, então os clientes estão começando a viajar para esse destino em outras épocas. Normalmente, os meses de março a dezembro podem ser fortes”, disse Kim. “Todos os anos, você verá a Delta estender os serviços por esse motivo”.
Os clientes agora podem aproveitar o serviço sazonal estendido para a Itália desde o Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) para Veneza e Milão, e do Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson (ATL) para Roma.
“A beleza do setor aéreo é que você pode alocar esse produto que está vendendo e não precisa tê-lo no mesmo lugar ao mesmo tempo, porque ele é muito móvel”, disse Hart. “Podemos capitalizar as tendências em um curto espaço de tempo. É a agilidade do nosso produto que nos permite fazer experiências, e é isso que torna esse trabalho divertido”.
HUBS DA DELTA
Uma grande diferença entre os hubs centrais e costeiros da Delta é o papel que eles desempenham na rede da companhia aérea. Enquanto os aeroportos de Atlanta, Minneapolis-St. Paul, o Internacional de Salt Lake City e o Metropolitano Wayne County de Detroit são hubs de conexão essenciais que ajudam os clientes a chegarem a destinos em todo o mundo, os hubs costeiros da Delta, como os aeroportos internacionais de Los Angeles, Seattle-Tacoma e Logan Boston, além de LaGuardia e JFK, em Nova York, recebem tráfego local intenso, pois atendem principalmente os clientes que moram nessas cidades ou viajam para elas.
“Ao analisarmos alguns desses grandes centros costeiros, queremos ter uma ampla oferta para esses clientes”, disse Hart. “À medida em que o perfil da demanda de nossos clientes muda no inverno (do Hemisfério Norte*), precisamos ter certeza de alocar nossos recursos para locais onde as pessoas, de algum lugar como o sul da Califórnia, queiram ir”.
A partir desse pensamento, nasceu o mais recente portfólio de esqui da Delta. Esse roteiro de inverno de 2024 (do Hemisfério Norte*) apresenta uma programação robusta saindo de Los Angeles, onde a Delta lançará um serviço diário sem escalas para Jackson Hole e um novo serviço aos sábados para Sun Valley, Idaho, com clientes em Minneapolis-St. Paul, Atlanta e Salt Lake City também se beneficiando de serviços adicionais para destinos de esqui icônicos em todo o Oeste norte-americano.
Conforme avança rumo a 2025, a Delta trabalha para fortalecer sua presença no Sudeste dos Estados Unidos, com a atenção voltada para sua cidade natal: Atlanta.
“Nossos esforços nos hubs costeiros não estão completos, mas fizemos investimentos consideráveis lá e estamos orgulhosos do que realizamos”, disse Hart. “Atlanta é o nosso maior hub no Sudeste, e a região do Cinturão do Sol está liderando o caminho da recuperação da demanda. Estamos capitalizando essas tendências de demanda, e Atlanta é o principal hub do Sudeste dos Estados Unidos”.
PARCERIAS
Quando se trata de parcerias, elas permitem que a Delta cresça mais, atendendo mercados secundários em regiões para as quais a Delta pode não ser capaz de operar serviços sem escalas. Embora a Delta tenha alcançado sinergia quase total com alguns de seus parceiros, como Air France, KLM e Virgin Atlantic, há oportunidades adicionais de crescimento com outros parceiros, como Korean Air e LATAM Airlines.
A Delta e a Korean Air conectam mais de 2 000 passageiros por dia em cada sentido através de Incheon para destinos em toda a Ásia. Isso é mais do que nossos concorrentes conectam à região por meio dos hubs de Tóquio Narita e Haneda juntos.
“Estou entusiasmado com nosso crescimento na Coreia do Sul e nosso trabalho com a Korean Air”, disse Kim. “Essa parceria pode levar a Delta ainda mais longe para ser a franquia número 1 na Ásia.”
A aliança da Delta com a LATAM, que comemorou seu aniversário de um ano no último outono (do Hemisfério Norte*), também alcançou um imenso crescimento, mais do que dobrando a capacidade do hub da Delta em Atlanta desde o seu lançamento inicial e quase dobrando a capacidade para os hubs sul-americanos da LATAM, abrindo conexões e oportunidades para clientes em mais de 300 destinos.
*Nota do Editor.